terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O complexo de Portnoy - Philip Roth *****

Ainda comecei a ler o "Julie e Julia", mas confesso: ao fim das primeiras páginas achei aquilo tão enfadonho, tão sem graça, que o tive que largar. Para mim é mais um daqueles casos de livros que passam a filmes e quem não leu o livro e vê o filme (ou apenas o trailler, como no meu caso), acha que deve ser um livro engraçado de ler. Não é. pelo menos para mim, não é.

Passei então a este livro, "O complexo de Portnoy". Já tinha lido anteriormente "Património" do mesmo autor e, por vários sítios onde li sobre este livro, pareceu-me que iria gostar. E gostei mesmo. Comecei a lê-lo há muito tempo. Acho que terá sido em Outubro. Mas apenas li as primeira vinte páginas. Entretanto, com esta coisa das festas e com os crochets e as malhas a sobreporem-se à leitura, fiz uma pausa. Não era para os livros que eu estava virada. Tenho fases.

Entretanto, passou o Natal e apesar de continuar com os meus "hobbies", não me estavam a satisfazer. Faltava-me qualquer coisa. Não estava a relaxar o que era habitual com o que andava a fazer. Apercebi-me que estava a sentir falta dos meus livros. E ontem resolvi pegar outra vez no livro que tinha deixado de lado. Resultado: Desde ontem que não parei de o ler (claro que apenas enquanto estou em pausas - antes de dormir, no autocarro para o trabalho e ao almoço).

Tenho a dizer-vos que já o terminei. É uma leitura alucinante. É um monólogo de um Alexandre Portnoy nas suas sessões com o psicanalista em que fala da relação directa entre a sua sexualidade e a sua infância dominada pela sua mãe judia ("A figura mais inesquecível que alguma vez conheci"). Tem partes marcadamente eróticas (pornográficas, porque não) algumas das quais me deixaram sem fala durante momentos (por exemplo a parte em que ele fala do fígado que encontrou no frigorífico lá de casa).

É um livro divertido e de leitura compulsiva. Leiam e comprovem.

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