quarta-feira, 4 de julho de 2012

Continuo a ler

Este blog tem andado um bocadinho parado. Não parei de ler, mas não tenho aqui vindo deixar a minha opinião das leituras que tenho feito.

Vou fazer um esforço para ir deixando aqui posts sobre o livros que entretanto li. "Me aguardem..."

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Pacto - Jodi Picoult *****


«Há dezoito anos que os Harte e os Gold vivem lado a lado, partilhando tudo, desde comida chinesa e varicela até irem buscar os filhos uns dos outros à vez. Quer os pais quer os filhos são melhores amigos, por isso, não é nenhuma surpresa quando a amizade entre Chris e Emily se transforma em algo mais na altura do liceu. Tornaram-se almas gémeas no momento em que Emily nasceu. Quando ligam do hospital por volta da meia-noite, ninguém está preparado para a verdade terrível: Emily, com apenas dezassete anos, está morta devido a um tiro na cabeça, aparentemente resultado de um pacto suicida. A arma contém uma bala que Chris diz à polícia estar-lhe destinada, mas uma detective local tem dúvidas. Os Harte e os Gold, num único momento aterrador, têm de encarar o pior medo de um pai: será que conhecemos mesmo os nossos filhos?»


Mais um livro completamente "absorvente". Dos três que já li desta autora, sinceramente não sei qual aquele que posso dizer que gostei mais. Este, tal como o que li anteriormente ('Dezanove Minutos'), foca o tema da adolescência e toda a sua vivência, todos os traumas por que passa um jovem durante essa fase.

Neste livro, o que me marcou mais foi a descrição dos sentimentos de Chris em relação à Em e os dilemas de Emily em relação ao que sentia realmente por Chris.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O executor - Lars Kepler *****

"Uma mulher aparece misteriosamente morta numa embarcação de recreio ao largo do arquipélago de Estocolmo. O seu corpo está seco, mas a autópsia revela que os pulmões estão cheios de água. No dia seguinte, Carl Palmcrona, director-geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa da Suécia, é encontrado enforcado em casa. O corpo parece flutuar ao som de uma enigmática música de violino que ecoa por todo o apartamento.


Chamado ao local, o comissário da polícia Joona Lina sabe que na sua profissão não se pode deixar enganar pelas aparências e que um presumível suicídio não é razão suficiente para fechar o caso. Haverá possibilidade de estes dois casos estarem relacionados? O que poderia unir duas pessoas que aparentemente não se conheciam?

Longe de imaginar o que está por detrás destas mortes, Joona Lina mergulhará numa investigação que o conduzirá, através de uma vertiginosa sucessão de acontecimentos, a uma descoberta diabólica. Existem pactos que nem mesmo a morte pode quebrar..."
 
Encontrei mais um escritor (casal de escritores, para ser mais precisa) favorito. Mais um livro de enredo alucinante, se bem que com um tema bem diferente do anterior. Há uma ligação ao "Hipnotista" através do comissário Joona Lina, mas as histórias são completamente diferentes. Esta anda à volta do negócio de armas e das relações com a política.
 
Mias um livro que se pudesse tinha lido de uma assentada só.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pequena Abelha - Chris Cleave *****

"Não queremos contar-lhe O QUE ACONTECE neste livro. Esta é uma HISTÓRIA MESMO ESPECIAL e não queremos desvendá-la.


Ainda assim, vai precisar de saber um pouco mais sobre ela para querer lê-la, por isso, vamos dizer apenas o seguinte:

Esta é a história de DUAS MULHERES. Os seus destinos vão cruzar-se UM DIA e uma delas terá de fazer UMA ESCOLHA terrível, o tipo de escolha que ninguém deseja enfrentar. Uma escolha que envolve vida ou morte. DOIS ANOS DEPOIS, elas encontram-se de novo. É então que a história começa verdadeiramente…

Depois de ler este livro, vai querer falar dele a TODOS OS SEUS AMIGOS. Quando o fizer, por favor, também não lhes diga o que acontece. Permita-lhes saborear a sua MAGIA.".
 
Que dizer sem contar o que acontece? Ora bem. Que é um livro sublime. Que é uma história que fala de escolhas. Que é um livro que nos prende do início ao fim. Que está maravilhosamente escrito. Que têm que o ler para o sentir.
Merecidamente, 5 estrelas.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Siddhartha - Herman Hesse *****

"Nascido na Índia, no século VI a.C., filho de um brâmane, Siddhartha passa a infância e a juventude isolado das misérias do mundo, gozando um existência calma e contemplativa. A certa altura, porém, abdica da vida luxuosa, protegida, e parte em peregrinação pelo país, onde a pobreza e o sofrimento eram regra. Na sua longa viagem existencial, Siddhartha experimenta tudo, usufruindo tanto as maravilhas do sexo quanto o jejum absoluto. Entre os intensos prazeres e as privações extremas, termina por descobrir «o caminho do meio», libertando-se dos apelos dos sentidos e encontrando a senda da paz interior. Em páginas de rara beleza, Siddhartha descreve sensações e impressões como raramente se consegue. Lê-lo é deixar-se fluir como o rio onde Siddhartha aprende que o importante é saber escutar com perfeição."

Um livro pequeno no tamanho, mas enorme no seu significado. O que aprendi? Que para nos conhecermos, para realmente nos conhecermos, não servem as doutrinas, não servem as teorias. Para verdadeiramente nos conhecermos, temos que percorrer o caminho todo, com as suas encruzilhadas, com os seus desvios, com os seu becos. O importante não é a meta, o importante é o percurso que se faz para chegar a essa meta.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Uma mãe irresistível - Polly Williams ****

"Um livro inteligente e honesto que revela os dilemas de uma mulher e as verdades escondidas da maternidade.


Amy Crane está a atravessar uma crise. Seis meses depois de ter um bebé, ainda parece estar grávida e não se lembra da última vez que fez uma depilação ou teve um orgasmo. A maternidade está a fazer vir ao de cima perturbantes questões relativas à sua própria infância. E suspeita que o marido a anda a enganar. Então aparece a Alice, a mãe cheia de estilo ao mais alto nível, com a missão de transformar o corpo e a vida amorosa da Amy. À medida que troca os discos de amamentação por Botox e emerge de um abismo de insegurança, a líbido da Amy desperta de uma longa hibernação e as coisas complicam-se ainda mais."

Gostei. Gostei muito deste livro. Porque apesar de não ter entrado na espiral de disparates que a Amy acaba por fazer para melhorar a sua auto-estima, eu estive lá, eu senti-me como ela, eu agi como ela depois do meu filho mais velho nascer. E revi-me em muitas situações, em muitos pensamentos desta mãe.

Aconselho vivamente este livro a todas as mulheres que queiram um dia ser mãe. Porque a maternidade não é só cor-de-rosa, como muitas mães a pintam. A maternidade tem muitas cores e delas também fazem parte o cinzento e o negro.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Um Mundo sem fim I e II - Ken Follett ***

 

"Depois do enorme êxito de "Os Pilares da Terra", Ken Follett regressa à cidade de Kingsbridge, mas desta vez cerca de dois séculos após os acontecimentos do primeiro livro. No dia 1 de Novembro de 1327, quatro crianças presenciam a morte de dois homens por um cavaleiro. O sucedido irá para sempre assombrar as suas vidas, mas Merthin, Ralph, Caris e Gwenda ficarão também marcados pelo próprio tempo em que vivem, e em particular pela maior tragédia que assolou a Europa no século XIV, a Peste Negra. "


Pensei várias vezes que classificação dar a este livro. Depois da maravilha que foi para mim "Os Pilares da Terra", achei sinceramente que este iria ser tão bom como o outro. Passava-se no mesmo local, dois séculos depois, com descendentes da primeira história, enfim, tinha tudo para ser fantástico.

Mas não foi. Para mim, pelo menos. Se não tivesse lido o anterior, de certeza que a minha opinião seria outra. Mas assim pareceu-me um "dejá vu". A história roda basicamente à volta do mesmo, com personagens diferentes, e com um enredo praticamente cópia do primeiro, mudando apenas as personagens e as construções. Há alturas em que nos entusiamamos para saber o que se vai passar a seguir, mas é basicamente igual ao primeiro. Dei por mim a pensar quando é que terminava o livro, porque dava perfeitamente para perceber qual era o fim.

Sineceramente? Este livro não me disse nada por aí além (continuo a dizer que se não tivesse lido Os Pilares talvez tivesse outra opinião...)